sábado, 27 de agosto de 2022

Parábola do Cego que guia outro Cego.

Lucas 6, 39 – 45  e  Mateus 15, 12 – 14.


“(...) Por que a referência a um cego guiando o outro?

Impactante símbolo que reflete os tempos modernos, onde, justamente, por desconhecer a perfeição absoluta de Deus, a Suprema Inteligência..., mas também por ignorar as características dos Espíritos, que o Criador envia ao plano material para instruir a humanidade... Os Imperfeitos (cegos) acabam por procurar referências morais em seres do mesmo nível evolutivo e que, pelas características discutidas por Allan Kardec, em “O Livro dos Espíritos” na Escala Espírita – Itens Nº 100 até 113, pouco têm a oferecer (outro cego, portanto).

Por que fazemos isso?

Além da fragilidade natural dos Espíritos da 3ª Ordem (Espíritos Imperfeitos), este tipo de comportamento tem a sua origem na religiosidade do passado, na qual nos pautávamos pelas decisões de hierarquias sacerdotais, bastante imperfeitas, sectárias e interessadas na manutenção das estruturas de poder que lhes eram convenientes. Centralizadoras, esforçavam-se para manter o "rebanho" sob controle. Vaidade, orgulho e extremo egoísmo. Estariam esses sacerdotes reencarnados?

Trazendo estas reflexões para os tempos atuais, ainda percebemos, em nosso comportamento, esta dependência. Estamos sempre procurando alguém que nos diga o que fazer, de que modo agir, qual caminho trilhar... Por consequência, muitas vezes, acabamos criando as relações de dependência.

ATENÇÃO! Poderíamos nós, tão imperfeitos quanto ainda os somos, servir de guia para outros imperfeitos? Teríamos condições morais de conduzir? Deveríamos estar procurando referência em "cegos", assim como nós?

Nesse momento de nossa discussão, vale ressaltar: todo Espírito imperfeito precisa de auxilio em seu processo evolutivo. Nosso intento é diferenciar a dependência, com relação à necessidade de ajuda. Libertar-se significa, entre outras coisas, desenvolver a própria consciência, agindo, a partir daí, de acordo com os valores morais ali registrados.

O Espírito Erasto, em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", oferece-nos belíssima descrição dos falsos profetas. Segundo ele, é característica dos tempos de intensificação da transformação planetária a perturbação, o medo da nova realidade em construção, o receio quanto a desconstrução daquilo que cultuamos por milênios. Nestes momentos, ainda, de acordo com Erasto, esse tipo de "cego" se sente encorajado a divulgar conceitos, muitas vezes pessoais, que divergem dos ensinos do Cristo e dos Espíritos Superiores, organizados por Allan Kardec, criando então os cismas (rixas, cisão) e o sectarismo (intolerância). Atentemos para as palavras do Espírito Erasto, no Cap.21, do Evangelho, item10 (2º §):

“São eles que espalham o fermento dos antagonismos entre os grupos, que os impelem a isolarem-se um dos outros e a olharem-se com prevenção. Isso por si só bastaria para os desmascarar, pois, procedendo assim, são os primeiros a dar formal desmentido às suas pretensões. Cegos, portanto, são os homens que se deixam cair em tão grosseiro embuste."
(...)

Desnecessário lembrar a existência, em ambos os planos da Vida, de seres que lutam contra o esclarecimento e a libertação. Manter os povos e os seres sob controle, manutenção do poder, manipulação... Almejando a glória por terem sido os mentores do sucesso! E nenhuma responsabilidade, caso o fracasso ocorra...

O Espiritismo, sendo a ciência que tem como objeto dos seus estudos o Espírito imortal e as suas relações com o plano material, ensina-nos a existência de outro tipo de falsos profetas: os da erraticidade (desencarnados, portanto).

Atuando, através de médiuns invigilantes, tentam implantar seus sistemas que, quase sempre, estão em contradição com os alicerces da Doutrina Espírita, alegando a necessidade de atualização dos mesmos. Aproveitando o desconhecimento dos critérios usados por Allan Kardec, como referência para a filtragem das inúmeras informações ofertadas pelos Espíritos, impõe (os falsos profetas desencarnados) suas ideias isoladas, contrariando o Controle Universal (O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec - Introdução, Item II): “(...) Uma só garantia séria existe para o ensino dos Espíritos: a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares. (...)” Quem seriam, então, as referências seguras? Como identificar aqueles que Deus tem enviado para nos ensinar, principalmente, pelo exemplo?

Reflitamos sobre o item 624 de "O Livro dos Espíritos". à Qual o caráter do verdadeiro profeta? R: “O verdadeiro profeta é um homem de bem inspirado por Deus. Podeis reconhecê-lo pelas suas palavras e seus atos. Impossível é que Deus se sirva da boca do mentiroso para ensinar a verdade.”

A resposta dos Espíritos confirmando as palavras do Cristo, quando nos ensinou que conheceríamos a árvore pelos frutos (Mateus 7, 16), ensina-nos a avaliar, com atenção, a conduta daqueles a quem escolhemos para orientadores e, muitas vezes, fazendo-se de gurus.

Recorramos novamente a Erasto (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 21, item 9 – 2º§): "(...) Para fazer que a humanidade avance moralmente e intelectualmente, são precisos homens superiores em inteligência e em moralidade".

Acreditamos que a prepotência, o egocentrismo e a vaidade não sejam características dos "homens superiores em inteligência e em moralidade", e sim a bondade e a humildade. O estímulo ao esclarecimento, o desenvolvimento da consciência de si mesmo, o controle dos impulsos, o pensar antes de agir... São estimulados pelos verdadeiros "professores", principalmente, pelo exemplo.

Se o Espiritismo nos ensina que sempre houve homens de bem, enviados por Deus, para possibilitar nossa instrução, surge a pergunta: quem seria o maior de todos eles? O profeta por excelência, o "diretor" da "escola" Terra?

Allan Kardec fez esta pergunta aos Espíritos Superiores, na primeira obra fundamental da Doutrina Espírita na questão 625 em “O Livro dos Espíritos": à Qual o tipo mais perfeito que Deus já ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo?

R: “Vede Jesus”.

Jesus é o modelo de conduta a ser seguido por quem evolui na Terra! E a moral espírita é pautada no que nosso Governador ensinou há dois milênios! Com estes dois guias, a evolução pode transcorrer em trilhos menos tortuosos!”

Parábolas de Jesus à Luz da Doutrina Espírita - Volume 2.
Comentários de André Sobreiro.
Organizado por Rafael Papa.

 

O Obsessor


“O Espírito perseguidor, genericamente denominado obsessor, em verdade é alguém colhido pela própria aflição. Ex-transeunte do veículo somático, experimentou injunções que o tornaram revel (rebelde), fazendo que guardasse nos recessos da alma as aflições acumuladas, de que não se conseguiu liberar sequer após o decesso celular. Sem dúvida, vítima de si mesmo, da própria incúria e invigilância, transferiu a responsabilidade do seu insucesso a outra pessoa que, por circunstância qualquer, interferiu decerto negativamente na mecânica dos seus malogros, por ser mais fácil encontrar razões de desdita em mãos de algozes imaginários, a reconhecer a pesada canga da responsabilidade que deve repousar sobre os ombros pessoais, como consequência das atitudes infelizes a que cada um se faz solidário. Perdendo a indumentária fisiológica mas, não o uso da razão, embora normalmente deambulando (vaguear) na névoa da inconsciência, com os centros do discernimento superior anestesiados pelos vapores das dissipações e loucuras a que se entregou, imanta-se por processo de sintonia psíquica ao aparente verdugo, conservando no íntimo as matrizes da culpa, que constituem verdadeiros “plugs” para a sincronização perfeita entre a mente de quem se crê dilapidado e a consciência dilapidadora, gerando, então, os pródromos (início) do que mais tarde se transformará em psicopatia obsessiva, a crescer na direção infamante de conjugação irreversível...

Ocorrências há, de agressão violenta, pertinaz, dominadora, pela mesma mecânica psíquica, em que o enfermo tomba inerme (indefeso) sob a dominação mental e física do subjugador.

Pacientemente atendidos, nos abençoados trabalhos de desobsessão, nos quais se lhes desperta a lucidez perturbada, concitando-os ao avanço no rumo da felicidade que supõem perdida, faculta-se-lhes entender os desígnios sublimes da Criação, convidando-os a entregarem os que se lhes fizeram razão de sofrimento à Consciência Universal, de que ninguém se evade, e tratando de reabilitar-se, eles mesmos, ante as oportunidades ditosas que fluem e refluem através do tempo, esse grandioso companheiro de todos.

Em outros casos, quando a fixação da ideia venenosa produziu dilacerações nos tecidos muito sutis do perispírito, comprometendo o reequilíbrio que se faria necessário para a libertação voluntária do processo obsessivo, o que ocorre com frequência, os Instrutores Espirituais, durante o transe psicofônico, operam nos centros correspondentes da Entidade, produzindo estados de demorada hibernação pela sonoterapia ou utilizando-se de outros processos não menos eficientes, para ensejarem a recomposição dos centros lesados, após o que despertam para as cogitações enobrecedoras.

Na maioria dos labores de elucidação, podem-se aplicar as técnicas de regressão da memória no paciente espiritual, fazendo-se que reveja os fatos a que se vincula, mostrando-lhe a legítima responsabilidade dele mesmo, nos acontecimentos de que se diz molesto, após o que percebe o erro em que moureja, complicando a atualidade espiritual que deve ser aproveitada para reparo e ascensão, jamais para repetições de sandices, pretextos de desídia, ensejos de desgraças...

Obsessores, sim, os há, transitoriamente, que se entregam à fascinação da maldade, de que se fazem cultores, enceguecidos e alucinados pelos tormentosos desesperos a que se permitiram, detendo-se nos eitos (região) de demorada loucura, em que a consciência açulada (acirrada) pelos propósitos infelizes desvia o rumo das cogitações para reter-se, apenas, na angulação defeituosa do sicário, verdugo impiedoso de si mesmo, pois todo o mal sempre termina por infelicitar aquele que lhe presta culto de subserviência. Tais Entidades, que oportunamente são colhidas pelas sutis injunções da Lei Divina, governam redutos de sombra e viciação, com sede nas Regiões Tenebrosas da Erraticidade Inferior, donde se espraiam na direção de muitos antros de sofrimento e perturbação na Terra, atingindo também, vezes muitas, as mentes ociosas, os espíritos calcetas, os renitentes, revoltados, cômodos e inúteis, por cujo comércio dão início a processos muito graves de obsessão de longo curso, que se estende em conúbio (união) estreito, cada vez mais coercitivo, inclusive após a morte física dos tecidos orgânicos, quando o comensal terreno desencarna.

Reunidos em magotes, momentaneamente ferozes, se disputam primazia como sói acontecer entre os homens de instintos primitivos da Terra, nos combates de extermínio, em que os próprios comparsas se encarregam de autodestruir-se, estimulados por ambições que culminam na vanglória da ilusão que se acaba, estando sempre atormentados pelas lucubrações de domínio impossível, face à carência de forças para se dominarem a si mesmos.

Exibindo multiface de horror, com que aparvalham aqueles com os quais se homiziam moral e espiritualmente, acreditam-se, por vezes, tal a aberração a que se entregam, pequenos deuses em competição de força para assumirem o lugar de Deus. Trazendo no substrato da consciência as velhas lendas religiosas do Inferno eterno, das personificações demoníacas e diabólicas, creem-se tais deidades irremediavelmente caídas, estertorando, em teimosa crueldade, por assumir-lhes os lugares...

Expressivo número deles, esses irmãos marginalizados por si mesmos do caminho redentor, que são, todavia, inconscientes instrumentos da Justiça Divina, que ignoram e pensam desrespeitar, obsidiam outros desencarnados que se convertem em obsessores, a seu turno, dos viajantes terrenos, em processo muito complexo de convivência e exploração físio-psíquica.

Todos, porém, todos eles, nossos irmãos da retaguarda espiritual, onde possivelmente já estivemos também, são necessitados de compaixão e misericórdia, de intercessão pela prece e oferenda dos pensamentos salutares de todos os que se encontram nas lídimas (autênticas) colmeias espiritistas de socorro desobsessivo, ofertando-lhes o pábulo (amparo) da renovação e a rota luminescente para a nova marcha, como claro sol de discernimento íntimo para a libertação dos gravames sob os quais expungem (eliminam) os erros em que incidiram.”

Grilhões Partidos - Prolusão - Nº 2.
Divaldo Franco/ Manoel P. de Miranda. 



  
“Somente há obsidiados e obsessões porque há endividados espirituais, facultando a urgência da reparação das dívidas.

Todo problema, pois, de obsessão, redunda em problema de moralidade, em cuja realização o Espírito se permitiu enredar, por desrespeito ético, legal, espiritual. Como ninguém se libera da conjuntura da consciência culpada, já que onde esteja o devedor aí se encontram a dívida e, logo depois, o cobrador. É da lei!

No fulcro de toda obsessão estão inerentes os impositivos do reajustamento entre devedor e cobrador. Indubitavelmente o Estatuto Divino dispõe de muitos meios para alcançar os que lhe estão incursos nos códigos soberanos. Não é, portanto, condição única de que o defraudador seja sempre defrontado pelo fraudado, que lhe aplicará o necessário corretivo. Se assim fora, inverter-se-ia a ordem natural, e o círculo repetitivo das injunções de dívida-cobrança-dívida culminaria pela desagregação do equilíbrio moral entre os Espíritos. Como todo atentado é sempre dirigido à ordem geral, embora através dos que estão mais próximos dos agressores, à ordem mesma são convocados os transgressores. Normalmente, porém, graças às condições que facultam ligações recíprocas entre os envolvidos na trama das dívidas, estes retornam ao mesmo sítio, reencontram-se, para que, através do perdão e do amor, refaçam a estrada interrompida, oferecendo-se reciprocamente recursos de reparação para a felicidade de ambos. Porque transitam nas emanações primitivas que lhes parecem mais agradáveis, facultam-se perturbar, enredando-se na ideia falsa de procurar aplicar a própria justiça, em face do que, infalivelmente, caem necessitados, por sua vez, da Justiça Divina.

Quando o Espírito é encaminhado à reencarnação traz, em forma de “matrizes” vigorosas no perispírito, o de que necessita para a evolução. Imprimem-se, então, tais fulcros nos tecidos em formação da estrutura material de que se utilizará para as provações e expiações necessárias. Se se volta para o bem e adquire títulos de valor moral, desarticula os condicionamentos que lhe são impostos para o sofrimento e restabelece a harmonia nos centros psicossomáticos, que passam, então, a gerar novas vibrações aglutinantes de equilíbrio, a se fixarem no corpo físico em forma de saúde, de paz, de júbilo.

Se, todavia, por indiferença ou por prazer, jornadeia na frivolidade ou se encontra adormecido na indolência, no momento próprio desperta automaticamente o mecanismo de advertência, desorganizando-lhe a saúde e surgindo, por sintonia psíquica, em consequência do desajustamento molecular no corpo físico, as condições favoráveis a que os “germens-vacina” que se encontram no organismo proliferem, dando lugar às enfermidades desta ou daquela natureza. Outras vezes, como os recursos trazidos para a reencarnação, em forma de energia vitalizadora, não foram renovados, ou, pelo contrário, foram gastos em exageros, explodem as reservas e, pela queda vibratória, que atira o invigilante noutra faixa de evolução, a sintonia com Entidades viciadas, perseguidoras e perversas, se faz mais fácil, dando início aos demorados processos obsessivos. No caso de outras enfermidades mentais, a distonia que tem início desde os primórdios da reencarnação vai, a pouco e pouco, desgastando os depósitos de forças específicas e predispondo-o para a crise que dá início à neurose, à psicose ou às múltiplas formas de desequilíbrio que passa a sofrer, no corredor cruel e estreito da loucura.” (...)

  “Prolusão” – Nº 3: “O Obsidiado”.

 Grilhões Partidos - Divaldo Franco/ Manoel P. de Miranda. 

“Examinando a Obsessão”

(...) “Em toda obsessão, mesmo nos casos mais simples, o encarnado conduz em si mesmo os fatores predisponentes e preponderantes, os débitos morais a resgatar, que facultam a alienação.

Descuidado quase sempre dos valores morais e espirituais, defesas respeitáveis que constroem na alma um baluarte de difícil transposição, o candidato ao processo obsessivo é irritável, quando não nostálgico, ensejando pelo caráter impressionável o intercâmbio, que também pode começar nos instantes de parcial desprendimento pelo sono, quando, então, encontrando o desafeto ou a sua vítima dantanho (do passado), sente o espicaçar do remorso ou o remorder da cólera, abrindo as comportas do pensamento aos comunicados que logo advirão, sem que se possa prever quando terminará a obsessão, que pode alongar-se até mesmo depois da morte...

Estabelecido o contacto mental em que o encarnado registra a interferência do pensamento invasor, soa o sinal alarmante da obsessão em pleno desenvolvimento.

Nesse particular, o Espiritismo, e somente ele, por tratar do estudo da natureza dos Espíritos, possui os anticorpos e sucedâneos eficazes para operar a libertação do enfermo, libertação que, no entanto, muito depende do próprio paciente, como em todos os processos patológicos atendidos pelas diversas terapêuticas médicas.

Sendo o obsidiado um calceta, um devedor, é imprescindível que se disponha ao labor operoso pelo resgate perante a Consciência Universal, agindo de modo positivo, para atender às sagradas imposições da harmonia estabelecida pelo Excelso legislador.

Muito embora os desejos de refazimento moral por parte do paciente espiritual, é imperioso que a renovação íntima com sincero devotamento ao bem lhe confira os títulos do amor e do trabalho, de forma a atestar a sua real modificação em relação à conduta passada, ensejando ao acompanhante desencarnado, igualmente, a própria iluminação.” (...)

Nos Bastidores da Obsessão - Divaldo Franco/ Manoel P. de Miranda.

 

 


“Mediunidade e a Descompensação Vibratória.”

“Toda atividade espiritual, através do pensamento, gera efeitos magnéticos. As pessoas cujas mentes estão ajustadas às situações comuns da vida, mesmo as que possuem alguma sensibilidade mediúnica, geram campos magnéticos menores, uma vez que impera uma certa harmonia em suas vibrações. Por outro lado, Espíritos que estão em condições mais extraordinárias (ou menos comuns), como os Espíritos Superiores quando reencarnam, ou Espíritos que estão passando por processos expiatórios mais graves, apresentam um campo magnético com características distintas, com certa descompensação, que gera condições mediúnicas variáveis. 

Vale a pena frisar, que podemos modificar eventualmente nosso próprio campo magnético através da atividade espiritual, ou exercício da vontade, como ocorre via de regra no estado de prece, ou durante os passes magnéticos, para citar dois exemplos.

Todos nós apresentamos um campo magnético próprio, particular. A natureza deste campo magnético é essencialmente física e, tal como a faculdade mediúnica, é independente da condição moral do indivíduo. Mas, ainda como a mediunidade, a utilização deste campo magnético, a expressar-se no tipo de influência que recebemos ou exercemos sobre as outras pessoas, está profundamente associado à condição moral. É por isto que encontramos tanto Espíritos de elevada hierarquia espiritual quanto Espíritos inferiores, mas intelectualizados, exercendo sua influência poderosa sobre grandes massas humanas.

Podemos entender a expressão descompensação vibratória, usada por André Luiz, no livro “Mecanismos da Mediunidade”, no Cap. 8, como a falta de harmonia do Espírito em relação às experiências comuns relacionadas aos planos físicos. Isto ocorre com Espíritos de esferas Superiores, cujo perispírito já está em outra faixa vibratória, e que por missão reencarnam na Terra. Essa diferença de vibrações faz que seja necessário um relativo ajuste para que a matéria física, o corpo, possa suportar a carga vibratória destes Espíritos. 

Principalmente como encarnados, a descompensação nestes Espíritos é grande, e gera efeitos magnéticos peculiares, tanto no sentido de atração, quanto no de repulsão. Assim vemos almas missionárias que arrastaram multidões e cuja presença, por si só, já influenciava as pessoas positivamente, ao mesmo tempo que geravam cargas de antipatia e mesmo ódio em muitas outras. De certa forma, esta descompensação está presente também em Espíritos que passam por processos expiatórios mais sérios, muitas vezes reencarnados depois de décadas ou séculos nos planos espirituais inferiores, e cujo períspirito precisa gradativamente se ajustar às vibrações da matéria física, uma vez que possuem vibrações mais grosseiras que a própria vibração da matéria.”

                                                                                                         CVDEE – Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo.

Cap. 8 - Mecanismos da Mediunidade - André Luiz/ Francisco C. Xavier.


sábado, 20 de agosto de 2022

 MEDIUNIDADE

Livro: Mediunidade e Discernimento / Walter Barcelos

Capítulo 6 - Idolatria – “Um Sério Perigo.”

“Não vos façais, pois, idólatras."   (1 Coríntios, 10, 7)

“A idolatria, no passado da Humanidade, nas expressões de adoração a coisas, seres, ídolos, sacerdotes e reis divinizados teve a sua razão de ser, em vista do grau de evolução e estado de ignorância espiritual dos homens.

Hoje, no limiar do Terceiro Milênio, quando somos chamados pelo Cristo a adorar a Deus em espírito e verdade, não é mais admissível construir altares de sagração a nenhum ser humano.

Um dos graves problemas nos meios espiritistas é a atitude irresponsável de idolatria aos médiuns que se destacam pelas suas potencialidades psíquicas e produção de fenômenos que encantam nos centros espíritas.

Jesus, Nosso Mestre e Senhor, combateu sempre as ameaças de adoração à sua personalidade sublime. Destacaremos alguns momentos em que Ele negou tal atitude negativa do sentimento por parte daqueles que o admiravam.” (...)

Lucas 11, 27-28: ["Enquanto Jesus dizia estas coisas, uma mulher da multidão exclamou: "Feliz é a mulher que te deu à luz e te amamentou". Ele respondeu: "Antes, felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e lhe obedecem".] “A passagem (de Lucas) constitui esclarecimento vivo para que não se amorteça, entre os discípulos sinceros, a campanha contra o elogio pessoal, veneno das obras mais santas a sufocar­ lhes propósitos e esperanças.

Se admiras algum companheiro que se categoriza a teus olhos por trabalhador fiel do bem, não o perturbes com palavras, das quais o mundo tem abusado muitas vezes, construindo frases superficiais, no perigoso festim da lisonja. Ajuda­-o, com boa­ vontade e entendimento, na execução do ministério que lhe compete, sem te esqueceres de que, acima de todas as bem­ aventuranças, brilham os divinos dons daqueles que ouvem a Palavra do Senhor, colocando-­a em prática.” (Emmanuel/ Pão Nosso, Cap. 70).

“O Divino Mestre contrariou, em todos os momentos de sua vida, os comportamentos de adoração à sua pessoa. Ele, que é um Espírito Puro, o Governador Espiritual da Terra e o Embaixador do Pai Celestial, não aprovou tais emoções asfixiantes. Que pensarmos, pois, com relação aos médiuns imperfeitos e vaidosos?

Na Terra, trocamos facilmente valores reais por falsos: o amor pelo apego, a admiração pelo endeusamento, o incentivo pelo elogio, a amizade pela bajulação. Se não vigiarmos contra tais enganos da afetividade mal compreendida e mal sentida, poderemos vivenciar estas emoções improdutivas que anestesiam os sentimentos, torturam a fraternidade, teatralizam a afetividade e deformam a união cristã.”

O Livro dos Médiuns – Item 226 – 11ª“Quais são as condições necessárias para que a palavra dos Espíritos superiores nos chegue pura de toda alteração?”

R: “Querer o bem; enxotar o egoísmo e o orgulho; as duas coisas são necessárias."

Mediunidade e Evangelho / Carlos A.Baccelli / OdilonFernandes - Cap. 22: “Personalismo”.

“Sem dúvida, o personalismo é um dos principais entraves ao salutar exercício da mediunidade.

Quando o médium se deixa incensar, crendo ser o que não é, o "espelho mediúnico" começa a tornar-se opaco, prejudicando sensivelmente a recepção da mensagem que deve "refletir" com toda claridade possível...

É muito comum, infelizmente, o que, a contragosto, denominamos "vedetismo mediúnico". O médium carece o tempo todo estar consciente de suas limitações; sabendo-se limitado ele poderá superar-se, ao passo que convencido acerca de suas habilidades ele acabará por complicar-se, expondo-se a vexames e sujeitando a Doutrina a críticas.” 

“O problema mais grave repousa em nosso mundo íntimo, pois colocamos o nosso ídolo, o nosso deus particular, no altar da fascinação em nossos corações, o qual teremos, um dia, de destruir em nós, se desejarmos caminhar na senda do aperfeiçoamento espiritual. Exageramos em nossa afetividade e nas palavras elogiosas aos médiuns, por seus trabalhos de amor ao próximo, pelos seus trabalhos de consolação, de instrução e pelos belos fenômenos de cura do corpo ou da alma.”

“Excelentes médiuns, excelentes, do ponto de vista da faculdade mediúnica em si – terminaram por chafurdar-se no atoleiro da vaidade, afastando-se da proteção dos Bons Espíritos; tornaram-se improdutivos, frustrando a expectativa do Mundo Espiritual de um trabalho sério em benefício da Humanidade.”

 “Amar sim e sempre todos os irmãos que se destaquem por seus serviços abnegados sob a direção dos Bons Espíritos, mas não os transformemos em pequenos deuses, pois prejudicaremos ao mesmo tempo: a nós mesmos, ao médium espírita e ao movimento espírita. “

“Os Bons Espíritos não estão à cata de anjos humanos para lhes servirem na condição de intermediários junto aos homens; procuram tão somente "instrumentos" dispostos a cooperar na concretização do Bem, embora conscientes da distância que ainda os separa do Bem Inalterável.”

“Qualquer médium bem intencionado merece respeito, admiração, simpatia, incentivo e muito amor, mas, em nome de Deus e de Jesus, dispensa qualquer palavrório de elogio e endeusamento que se constituem em imensos obstáculos ao desenvolvimento espiritual da humanidade.”

Mediunidade e Evolução / Martins Peralva - Cap. 13: “Escolhos da Mediunidade”.

ENDEUSAMENTO DE MÉDIUNS — “O endeusamento de médiuns é, sem dúvida, um dos mais funestos escolhos da mediunidade, o que maiores prejuízos causa ao médium, atingindo-o, duramente, a curto, médio ou longo prazo.

O espírita esclarecido é cauteloso nas referências ao companheiro da mediunidade, quando a boa palavra se faz necessária, em forma de estímulo e amparo.

Mais do que todos os escolhos, o endeusamento é o ópio dos médiuns, podendo fazê-los resvalar, inapelavelmente, nos desfiladeiros da vaidade, da presunção, do orgulho.” 

“Alastrando-se tal onda, como fica a grande maioria de médiuns inexperientes, sem conhecimentos doutrinários e ausentes do discernimento kardecista? Inegavelmente, uma parte destes médiuns, vendo-se rodeada de tanta admiração, atenção, privilégios, entusiasmo, exaltação e bajulação, poderá se tornar vítima indefesa nas malhas magnéticas anestesiantes dos idólatras. Ficará envolvida por estes sintomas doentios: os cuidados excessivos da bajulação ineficiente, o endeusamento aos poderes psíquicos limitados, os repetitivos relatórios de elogios intermináveis. Nos trabalhos de qualquer médium, onde ficarão o amor imenso de Deus, o amparo permanente de Jesus e a assistência e proteção dos Bons Espíritos? Nenhum médium realiza nada sozinho! O médium espírita prudente não conseguirá calar a boca de seus admiradores inconsequentes, mas poderá desviar seu próprio coração destas vibrações enganosas e mentirosas. Com extrema facilidade, os companheiros exaltados colocam qualquer médium no andor adornado pela lisonja, formando um cortejo numeroso de criaturas fanatizadas e ébrias por determinado médium.

A idolatria aos médiuns é um gravíssimo erro na seara espírita. Adorar um ser humano é muito pior do que adorar uma imagem, um totem ou uma pedra sagrada. Um ídolo morto ou um objeto não atrapalha a vida, por ser uma coisa material, ao passo que o médium idolatrado é um espírito em evolução, com lutas e provações, suscetível de falir na sua missão, em queda lamentável, arrastando muita gente em idênticas condições. O sábio espírito Emmanuel declara com firmeza quanto à idolatria aos homens:

"Criar ídolos humanos é pior que levantar estatuas destinadas à adoração. O mármore é impassível, mas o companheiro é nosso próximo de cuja condição ninguém deveria abusar.” (Livro: Pão Nosso – Emmanuel/ Francisco Cândido– Cap. 150)

“É responsabilidade de todo espírita sincero não alimentar pruridos de afeição apaixonada por nenhum irmão com dons medianímicos.

O Espiritismo não poderá reviver esta posição primitiva de adoração a um ser humano, pois onde existe a idolatria é muito desagradável haver as vibrações da falsa ternura criando grupos fascinados e isolados.

Não deveremos atacar médiuns e nem grupos espíritas com este comportamento idólatra, mas necessitamos estudar muito, analisar mais ainda, compreender em espírito e verdade para divulgar como é o verdadeiro sentimento cristão do amor que liberta, ilumina e aperfeiçoa.”

Afinidade e Sintonia


“Afinidade, segundo o dicionário Aurélio, significa: relação, semelhança. Semelhança entre duas espécies; conformidade, identidade, igualdade. Afinidade de gostos. Coincidência de gostos ou de sentimentos. Afinidade espiritual.”

Sabemos que tudo no Universo é força, é luz, é atração. Tudo vibra e é vida na infinitude cósmica. Vibrações atraem vibrações similares, aproximando as almas por meio do pensamento e dos sentimentos que irradiam.   

Nossos desejos, nossos ideais exteriorizam-se em nossas vibrações atraindo, naturalmente, os que cultivam os mesmos valores.

Para entendermos mais claramente essa questão de vibrações, lembremos com Léon Denis, no livro “No Invisível” que:

“(...) exatamente como os sons e a luz, os sentimentos e os pensamentos se exprimem por vibrações que se propagam pelo espaço com intensidades diferentes. As vibrações de cérebros pensantes, de homens ou de Espíritos se cruzam e entrecruzam ao infinito, sem jamais se confundirem. Em torno de nós, por toda a parte, na atmosfera, rolam e passam como torrentes incessantes, fluxos de ideias, ondas de pensamentos.”

Afinidade é tudo isso e está sempre presente em nossa vida. Quanta afinidade somos capazes de encontrar? Não se trata, porém, de quantidades, mas de qualidade. Qualquer um de nós pode compreender, bem profundamente, o que significa essa coincidência de gostos ou de sentimentos.

Afinidade pode ser algo muito prazeroso, pois ao encontrarmos pessoas que pensam de acordo como pensamos, que apreciam as mesmas coisas que nós apreciamos naturalmente nos sentimos próximos e, por consequência, procuramos manter essa convivência. Essa identificação nos fortalece, traz-nos a sensação de que não estamos sós em nossas preferências e pontos de vista.

A afinidade, em âmbito geral, amplia-se infinitamente, quando se trata de uma condição ou estado íntimo, de uma busca espiritual que transcende a forma e expressa uma vontade um ideal de conexão com o Amor presente em cada ser e em todo o Universo. É assim que passamos a cultivar uma interligação de afinidade com aqueles que igualmente têm o mesmo desejo. Não importa, pois, quaisquer diferenças de raça, de distância geográfica ou de cultura, o que importa é que nós buscamos o mesmo objetivo, que anelamos a mesma coisa.

Isto nos remete agora à questão da sintonia.

Sintonizar, segundo o Dicionário Aurélio, é ajustar um aparelho de rádio ao comprimento da onda transmitida pela estação emissora. Harmonizar-se, afinar-se.

Nossa mente (...) é como se fosse uma estação de rádio, transmissora e receptora. Diz-se que há sintonia quando uma onda encontra ressonância em um campo vibratório equivalente, sendo captada por um receptor na mesma frequência (faixa) vibratória.

Havendo sintonia ocorre a ressonância, ou seja, as vibrações que decorrem dessa identificação de natureza vibratória. 

Há sintonia quando há afinidade. Isto vale tanto para as coisas positivas quanto para as negativas, superiores e inferiores, moralmente falando. Preferências geram sintonia.

Os que desejam a mesma coisa, os que cultivam emoções semelhantes entram em sintonia mental, porque se afinam. 

A Mentora Espiritual Joanna de Ângelis leciona muito profundamente a respeito do tema, no livro “Momentos de Meditação”. Vamos conferir:

“As leis de afinidade ou de sintonia, que vigem em toda parte, respondem pela ordem e pelo equilíbrio universal [...]. Transferidas para a ordem moral, as leis de afinidade promovem os acontecimentos vinculando os indivíduos, uns aos outros, de forma que o intercâmbio seja automático, natural. Mentes especializadas mais facilmente se buscam em razão do entendimento e interesse que as dominam na mesma faixa de necessidade. Há uma inevitável atração entre personalidades de gostos e objetivos semelhantes, como repulsa em meio àqueles que transitam em faixas de valores que se opõem. Na área psíquica o fenômeno é idêntico. Cada mente se irradia em campo próprio, identificando-se com aquelas que aí se expandem.”

Uma pergunta, a essa altura, é perfeitamente cabível.

Em termos práticos, como funciona essa questão de sintonia e das relações mentais em nossa vida? Quem vai responder    e explicar é o escritor José Marques Mesquita, no livro “A Dinâmica da Mente na Visão Espírita”:

“A energia que flui da mente de uma pessoa transporta consigo as suas disposições íntimas e as imagens emitidas por sua mente. Por meio desse fluxo de energia é que ela estabelece com outras mentes, encarnadas ou desencarnadas, com as quais se afine, uma ligação através da qual as mentes refletem entre si sua mútua influência, nisso consiste as relações mentais da pessoa com outras mentes [...]. O nosso modo de ser e de sentir exprime as características da nossa personalidade, as quais se refletem nas ondas mentais que nos são peculiares, ondas essas por meio das quais atuamos sobre outras pessoas que, mentalmente dotadas das mesmas condições vibratórias (sintonia), também atuam sobre nós, segundo o grau de receptividade estabelecido na permuta de influências. Essa receptividade guarda relação com o grau de afinidade mental entre as pessoas.”

Livro: Mentes Interconectadas e a Lei de Atração - Cap. 8.

Autora: Suely Caldas Schubert.

Afi


 

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

 

Fatores Causais da Preguiça


“A preguiça, ou propensão para a inatividade, para não trabalhar, também conhecida como lentidão para executar qualquer tarefa, ou caracterizada como negligência, moleza, tardança, é desvio de conduta, que merece maior consideração do que aquela que lhe tem sido oferecida. Surge naturalmente, expressando-se como efeito de algum tipo de cansaço ou mesmo necessidade de repouso, de recomposição das forças e do entusiasmo para a luta existencial. Todavia, quando se torna prolongado o período reservado para o refazimento das energias, optando-se pela comodidade que se nega às atitudes indispensáveis ao progresso, apresenta-se como fenômeno anômalo de conduta. (...) A preguiça pode expressar-se de maneira tranquila, quando o paciente se permite muitas horas de sono, permanência prolongada no leito, mesmo após haver dormido, cortinas cerradas e ambiente de sombras, sem que o tempo seja aproveitado de maneira correta para leituras, reflexões e preces. Não perturba aos demais, igualmente não se predispõe ao equilíbrio nem à ação. Lentamente, essa conduta faz-se enfermiça, gerando conflitos psicológicos ou deles sendo resultante, em face das ideias perturbadoras de que não se é pessoa de valor, de que nada lhe acontece de favorável, de que não tem merecimento nem os demais lhe oferecem consideração. Esse tormento, que se avoluma, transforma-se em pessimismo que propele, cada vez mais, a situações de negatividade e de ressentimento. Pode também transformar-se em mecanismo de autodestruição, em face da crescente ausência de aceitação de si mesmo, perdendo o necessário contributo da autoestima para uma existência saudável. A pessoa assume posição retraída e silenciosa, evitando qualquer tipo de estímulo que a possa arrancar da constrição a que se submete espontaneamente. Danosa, torna os membros lassos, a mente lenta no raciocínio (...) Sob outro aspecto, pode apresentar-se como perda do entusiasmo pela vida, ausência de motivação para realizar qualquer esforço dignificante ou algum tipo de ação estimuladora. (...) O tédio domina-lhe as paisagens íntimas e a falta de ideal reflete-se-lhe na indiferença com que encara quaisquer acontecimentos que, noutras circunstâncias, constituiriam emulação para novas atividades. Esse desinteresse surge, quase sempre, da falta de horizontes mentais mais amplos, da aceitação de antolhos idealistas que impedem a visão profunda e complexa das coisas e das formulações espirituais, limitando o campo de observação, cada vez mais estreito, que perde o colorido e a luminosidade. (...) Normalmente, aquele que assim se comporta é vítima de elevado egotismo, que somente sente-se bem quando se vê em destaque, embora não dispondo dos recursos hábeis para as ações que deve desempenhar. Detectando-se incapacitado, refugia-se na inveja e na acusação aos demais, negando-se a oportunidade de recuperação interior, a fim de enfrentar os embates que são perfeitamente naturais em todos e quaisquer empreendimentos. O desinteresse é uma forma de morte do idealismo, em razão da falta de sustentação estimuladora para continuar vicejando. (...) Do ponto de vista espiritual, o paciente da preguiça, que se pode tornar crônica, ainda se encontra em faixa primária de desenvolvimento, sem resistências morais para as lutas nem valores pessoais para os desafios. Diante de qualquer impedimento recua, acusando aos outros ou a si mesmo afligindo, no que se compraz, para fugir à responsabilidade que não deseja assumir. (...)”

 

Livro:  "Conflitos Existênciais" - Cap. 2 - “Preguiça”.

Psicografia: Divaldo P. Franco. Espírito: Joanna de Ângelis.




Transtornos Gerados pela Preguiça




“A entrega à ociosidade torna débil o caráter do paciente, impedindo-o de realizar qualquer esforço em favor da recuperação. Sentindo-se bem, de certa forma patologicamente, com a falta de atividade, a tendência é ficar inútil, tornando-se um pesado fardo para a família e a sociedade. (...) O corpo é instrumento do Espírito, que necessita de exercício, de movimentação, de atividade, a fim de preservar a própria estrutura. Enquanto o Espírito exige reflexões, pensamentos edificantes contínuos para nutrir-se de energia saudável, o corpo impõe outros deveres, a fim de realizar o mister para o qual foi elaborado. (...) Em razão do pessimismo que se assenhoreia do enfermo, a sua convivência faz-se difícil e o seu isolamento mais o atormenta, porque a autolamentação passa a constituir-lhe uma ideia fixa, culpando, também, as demais pessoas por não se interessarem pelo seu quadro, nem auxiliá-lo (...) Em realidade, não está pedindo ou desejando ajuda real, antes apresenta-se reclamando da sua falta para melhor comprazer-se na situação a que se entrega espontaneamente. A existência, na Terra, é constituída por contínuos desafios, que sempre estão estimulando à conquista de novas experiências, ao desenvolvimento das aptidões adormecidas, ao destemor e à coragem, em contínuas atividades enriquecedoras. A mente não exercitada em pensamentos saudáveis, descamba para o entorpecimento ou para o cultivo de ideias destrutivas, vulgares, insensatas, que sempre agravam a conduta perniciosa. Pensar é bênção, auxiliando a capacidade do raciocínio, a fim de poder elaborar projetos e propostas que mantenham o entusiasmo e a alegria de viver. Concomitantemente, surge, vez que outra, alguma lucidez, e o paciente critica-se por não dispor de forças para modificar a situação em que se encontra, desanimando ainda mais, por acreditar na impossibilidade da reabilitação. Faz-se um círculo vicioso: o paciente não dispõe de energias para lutar e nega-se à luta por acreditar na inutilidade do esforço. Outras vezes, oculta-se no mau humor, tornando-se ofensivo contra aqueles que o convidam à mudança de alternativa, explicando-lhe que tudo depende exclusivamente dele, já que ninguém lhe pode tomar a medicação de que somente ele necessita. A destreza, o esforço, a habilidade, em qualquer área, são decorrentes das tentativas exitosas ou fracassadas a que o indivíduo permite-se, resultando da repetição sem enfado nem queixa para a conquista e a realização pessoal. (...), e quando é surpreendido por alguma orientação, logo reage com violência intempestiva, afirmando: "Você não sabe o que eu sinto e certamente não acredita no que se passa no meu mundo íntimo... Pensa que estou fingindo? (...) A partir de então, o amigo e candidato ao auxílio torna-se evitado, é tido como adversário, censor, perturbador da sua paz, (...) A preguiça mina a autoconfiança e destrói as possibilidades de pronta recuperação. É natural que atraia Espíritos ociosos, que se comprazem no banquete das energias animais do paciente, telementalizado e conduzido às fases mais graves, de forma que prossiga vampirizado. Os centros vitais da emoção e do comportamento são explorados por essas Entidades infelizes, e decompõem-se, funcionando com irregularidade, destrambelhando a organização somática, já que a psíquica e os sentimentos estão seriamente afetados."


Livro: "Conflitos Existênciais" - Cap. 2 - "Preguiça". 

Psicografia: Divaldo P. Franco -  Espírito: Joanna de Ângelis. 




              Jesus em Casa 

                                                                                                                                                             

"O lar é o santuário em que a bondade de Deus te situa. Dentro dele, nos fios da consanguinidade, recebes o teu primeiro mandato de serviço cristão. É aí que te avistas com o adversário de ontem, convertido em parente próximo, e que retomas o contato de afeições queridas que o tempo não apagou... O mundo é a grande ribalta dos teus ideais e convicções, mas o lar é o espelho para os testemunhos de tua fé.
Não olvides a necessidade de Cristo no cenáculo de amor em que te refugias.
Escolhes alguns minutos por semana e reúne-te com os laços domésticos que te possam acompanhar no cultivo da lição de Jesus.
Quanto seja possível, na mesma noite e no mesmo horário, faze teu círculo íntimo de meditação e de estudo.
Depois da prece com que nos cabe agradecer ao Senhor o pão da alma , abre as páginas do Evangelho e lê, em voz alta, algum dos seus trechos de verdade e consolo para o que receberás a inspiração dos Amigos Espirituais que te assistem.
Não é necessário a leitura por mais de dez minutos.
Em seguida, na intimidade da palavra livre e sincera, todos os companheiros devem expor suas dúvidas, seus temores e dificuldades sentimentais.
Através da conversação edificante, emissários da Esfera Superior distribuirão ideias e forças, em nome do Cristo, para que horizontes novos iluminem o espírito de cada um.
Aprenderás que semelhante prática vale por visita de nossos corações ao Eterno Benfeitor, que nos tomará o esforço por trilho de acesso à Sua Divina Luz, transformando-nos o culto da Boa Nova em fonte de bênçãos, dissolvendo em nosso campo de trabalho todas as sombras da discórdia e da ignorância, do desequilíbrio e da irritação.
Dizes-te amigo de Cristo, afirmas-te seguidor de Cristo e clamas, com razão, que Cristo é o caminho redentor da Terra, mas não te esqueças de erigir-lhe assento constante a mesa do próprio lar, para que a luz do Evangelho se te faça vida e alegria no coração."

                                                                                                                                                                  Emmanuel 


Francisco Cândido Xavier  - 
Livro: "Família" 


 

Energia Escura - Energia Desconhecida


Energia escura é um nome evocativo, por se tratar de algo cuja natureza é desconhecida e de difícil detecção.
As lentes do telescópio espacial Hubble flagraram o comportamento da energia escura, um dos maiores enigmas cósmicos. Ao observar supernovas, que são explosões de estrelas, o telescópio registrou o efeito da aceleração da luz. A descoberta deve ajudar a explicar o que é a energia escura que cobre quase todo o cosmos, uma força que pode ser responsável pela contínua e acelerada expansão do Universo, também chamada de partícula Deus. (Ver: Fluido cósmico)
Revista ISTOÉ/1775 - 08 de Outubro de 2003 - página 100
No Universo atual, a energia escura domina sobre a matéria, e o universo se expande de forma acelerada. Enquanto a tração gravitacional da matéria leva à desaceleração da expansão, a energia escura a acelera.
Os resultados combinados do estudo das supernovas distantes e das flutuações do fundo de microondas cósmico fornecem a “receita” do universo: densidade total próxima da densidade crítica:
2/3 do conteúdo na forma de energia escura;
1/3 na forma de matéria, da qual apenas 4% do total corresponde à matéria bariônica, que conhecemos. (A matéria comum, estudada pela física, é apenas 4% do que existe no cosmo).
Nesse momento a comunidade científica encontra-se em incursão pelo “coração da escuridão” cósmica, na busca dos componentes escuros e desconhecidos que dominam o universo, componentes que pedem uma nova física.
[44 - página 33] www.scian.com.Br
Até recentemente, os cosmólogos concentraram-se simplesmente na tentativa de provar a existência da energia escura. Depois de terem formulado argumentos convincentes a esse respeito, eles estão se voltando para um problema mais profundo: de onde vem a energia? A possibilidade mais conhecida é a de que a energia é inerente ao espaço. Se um volume de espaço fosse totalmente vazio — sem nada de matéria ou radiação — ainda assim conteria esta energia. A respeitável noção desta energia remonta a Albert Einstein e à sua tentativa, em 1917, de construir um modelo estático do Universo. Como muitos proeminentes cientistas ao longo dos séculos, incluindo Isaac Newton, Einstein acreditava que o Universo é estático, que não está se contraindo nem se expandindo. Para conciliar a estagnação com a sua teoria da relatividade de geral, ele precisou introduzir a energia do vácuo ou, em sua terminologia, uma constante cosmológica. Ele ajustou o valor da constante de tal forma que a sua repulsão gravitacional contrabalançasse exatamente a atração gravitacional da matéria.
Mais tarde, quando os astrônomos estabeleceram que o Universo está se expandindo, Einstein lamentou o seu artifício, considerando-o como o seu maior equívoco. Mas talvez este julgamento tenha sido apressado. Se a constante cosmológica tivesse valor ligeiramente maior que o proposto por Einstein, sua repulsão excederia a atração da matéria e a expansão cósmica seria acelerada.
Muitos cosmólogos, entretanto, inclinam-se agora para uma idéia diferente, conhecida como quintessência. A tradução deste termo é "quinto elemento”, uma alusão à antiga filosofia grega, que sugeria que o Universo é composto de terra, ar, fogo, água e uma substância efêmera que impede a Lua e os planetas de caírem em direção ao centro da esfera celeste. Quase cinco anos atrás, Robert R. Caldwell, Rahul Dave e um de nós (Steinhardt), todos da University of Pennsylvania, reintroduzimos o termo para nos referir a um campo quântico dinâmico, não muito diferente de um campo elétrico ou magnético, que gravitacionalmente repele.
O dinamismo é a característica que os cosmólogos consideram atraente na quintessência. O maior desafio para qualquer teoria da energia escura é explicar a quantidade da matéria inferida — uma quantidade que não seja demasiada a ponto de acarretar a sua possível interferência na formação de estrelas e galáxias no Universo primordial, mas que seja suficiente para que os seus efeitos possam ser sentidos hoje.
O principal ingrediente do Universo é a energia escura, que consiste na constante cosmológica, ou no campo quântico conhecido como quintessência. Os outros ingredientes são a matéria escura, composta por partículas exóticas elementares, a matéria convencional (a não luminosa e a visível) e uma pequena quantidade de radiação.
Revista SCIENTIFIC AMERICAN - Brasil - Edição Especial - N° 1, página 45.
www.sciam.com.br
Os cientistas perceberam há poucas décadas que os movimentos das galáxias dentro do Universo não podiam ser explicados pela atração gravitacional das galáxias, estrelas e gases visíveis. Por muito tempo, os cientistas disseram que:
10% do Universo era composto de matéria visível e 90% era matéria escura não vista, preenchendo o vazio entre as estrelas e galáxias.
Mas nos últimos anos os astrônomos determinaram que o Universo e suas galáxias estavam se afastando em taxa em aceleração, um fenômeno consistente com a existência de uma força antigravitacional conhecida como "energia escura". Gondolo disse que os cientistas agora acreditam que o Universo é composto de:
#cerca de 5% de matéria visível, 25% de matéria escura e 70% de energia escura.
Diferente da matéria escura, que está sujeita à gravidade, a energia escura não é atraída para dentro de nossa galáxia, de forma que a Via Láctea é composta de cerca de 10% de matéria e 90% de matéria escura, disse Gondolo. O movimento giratório do disco espiralado e chato da Via Láctea é rápido demais para ser explicado apenas pela gravidade de suas estrelas e gases visíveis, de forma que os cientistas acreditam que ela esteja cercada por um "halo" muito maior -na verdade um esfera achatada- que contém algumas estrelas e predominantemente matéria escura não vista...
http://noticias.uol.com.br/inovacao/ultimas/ult762u1935.jhtm
A mão invisível do Universo.
A energia escura faz mais que acelerar a expansão do Universo. Ela ajuda a determinar a forma e o espaçamento das galáxias e pode ser a principal ligação entre vários aspectos da formação das galáxias que pareciam desconectados.
Por que demoramos tanto? Somente em 1998 descobrimos que quase três quartos do conteúdo do Universo, a chamada energia escura — uma forma desconhecida de energia que cerca cada um de nós, nos puxando levemente e segurando o destino do Cosmos em suas garras de maneira quase imperceptível —, estavam sendo ignorados. Alguns pesquisadores, é verdade, já haviam previsto sua existência, mas mesmo eles dirão que essa descoberta está entre as mais revolucionárias da cosmologia no século XX. Não apenas a energia escura parece compor o grosso do Universo, mas sua existência, se resistir ao teste do tempo, provavelmente exigirá o desenvolvimento de novas teorias na física.
Cientistas estão apenas no início de um longo trajeto para entender a energia escura e suas implicações. Embora apenas seus efeitos sobre o Universo como um todo sejam observados, já se sabe que a energia escura também pode moldar a evolução de seus principais habitantes — estrelas, galáxias e aglomerados galácticos. Astrônomos provavelmente observaram durante décadas o trabalho da energia escura sem ter se dado conta disso. (Ver: Fluido cósmico)
Ironicamente, a presença universal da energia escura é o que a torna tão difícil de reconhecer. Diferentemente da matéria, ela não se aglomera mais em alguns lugares que em outros; por sua própria natureza, está espalhada suavemente por toda parte. Qualquer que seja a localização — seja sua cozinha ou o espaço intergaláctico — a energia escura tem a mesma densidade, cerca de 10-26 kg/m3, o equivalente a um punhado de átomos de hidrogênio. Toda a energia escura em nosso Sistema Solar equivale à massa de um pequeno asteróide, tornando-a um ator sem importância na dança dos planetas. Seus efeitos aparecem apenas quando vistos de grandes distâncias e por longos períodos de tempo.
Embora a energia escura tenha impacto irrelevante dentro da galáxia (isso sem falar da sua cozinha), ela acaba se tornando a força mais poderosa do Cosmo.
A energia escura é mais conhecida como o suposto agente da aceleração cósmica — uma substância indefinida que exerce um tipo de força antigravitacional no Universo como um todo.
Bem menos conhecido é o fato de que a energia escura teve efeitos secundários em materiais do Universo. Ela ajudou a imprimir o característico padrão filamentoso da matéria nas maiores escalas. Em escalas menores, ela parece ter interrompido o crescimento de aglomerados galácticos cerca de 6 bilhões de anos atrás.
Numa escala ainda menor, a energia escura reduziu a taxa em que as galáxias se chocam e se fundem umas com as outras. Essas interações moldam as galáxias. Ao reduzir as colisões, a energia escura pode ser o que permitiu a manutenção dos braços espirais da nossa Via Láctea. Se fosse mais fraca ou mais forte, a Via Láctea poderia ter tido uma taxa de formação estelar menor, de forma que e os elementos pesados que constituem nosso planeta poderiam assim nunca ter sido sintetizados.
Evidências da energia escura:
Explosões em supernova.
Radiação cósmica de fundo em microondas.
Configuração galáctica.
Lentes gravitacionais.
Aglomerados de galáxias.
Revista SCIENTIFIC AMERICAN - Brasil - Ano 5 - N° 58 - Março/2007.
www.sciam.com.br
Do que o Mundo é Feito?: Quarks e Léptons
http://www.aventuradasparticulas.ift.unesp.br/quarks_leptons.html
Assim como o fluido mentomagnético envolve e penetra o organismo fisiopsicossomático do ser humano, que modela e comanda em suas mais íntimas estruturas, o Universo inteiro vive mergulhado e penetrado pelo fluido cósmico e vivificador que dimana da Mente Paternal de Deus.
[45 - página 101]


 

quinta-feira, 18 de agosto de 2022


A Parábola da Figueira que Secou

(Marcos 11, 12 – 26 e Mateus 21, 18 - 22)


Nas duas Parábolas, a figueira representa os homens. É possível ainda comparar-se o médium à figueira, já que ele funciona como um intermediário, a fim de que seja oferecido às pessoas um alimento espiritual. Aqueles que se recusam a cooperar, acabam se transformando em figueiras estéreis.

Em ambas as histórias, os frutos estão associados às boas obras, ao processo de melhoria interna. Os frutos são distintos dependendo das pessoas. Umas conseguem produzir mais, outras menos. Jesus abordou este tema em outras parábolas como Semeador, Talentos, etc.

Os frutos servem para saciar a fome, e representam as boas ações que visam a melhorar o mundo à nossa volta. Todo aquele que interfere positivamente no mundo está criando condições para que a "fome" seja saciada. Uma árvore sem frutos representa um Espírito sem virtudes.

Mateus fala que a figueira estava à “beira do caminho”. Na “Parábola do Semeador", Jesus já havia se referido a esta figura como os que se colocam à margem do processo evolutivo, sem oferecer condições da Palavra Divina (a semente) se desenvolver.

A figueira apresentava folhas, mas não tinha frutos. O Apóstolo Marcos insiste neste ponto. As folhas estão associadas à aparência. Muitas vezes, aparenta-se bondade, porém, os frutos... (existem aqueles que parecem virtuosos, mas que mascaram as suas deficiências). (...)

Marcos utiliza a expressão: não era tempo de figos. Esta justificativa parece sensata, e é, inclusive, muito utilizada pelo homem. Frequentemente quando procurados por aqueles que necessitam de nós, alegamos impossibilidades. Sempre alegamos que nos faltam recursos materiais e espirituais. Além disso, a figueira cultivada sempre apresenta frutos quando tem folhas, ou seja, aparenta (folhas) e realiza (frutos). A figueira estéril apresenta folhagem, mas não oferece frutos. É importante lembrar que não devemos esperar que tudo esteja bem à nossa volta para que venhamos a oferecer frutos. Não devemos ser bons apenas para os que são bons conosco. A terra infrutífera pode ser interpretada como a interferência negativa do meio, o que não deve suplantar o nosso livre arbítrio. O homem deve ser espiritualmente fecundo, mesmo em ambientes desfavoráveis e tempos não propícios. O homem realmente espiritualizado tem que suplantar as atrações materiais, proclamando a soberania de sua origem divina.

Os Evangelistas deixam claro que o destino das pessoas e das instituições estéreis é semelhante, todas irão secar. Secarão as instituições que valorizam normas, regras, em detrimento do que é realmente essencial: a CARIDADE.

Marcos ressalta que a figueira secou apesar de estar bem enraizada, com o tronco bem formado, e a copa bem enfolhada. Este comentário é importante porque, muitas vezes, nos deixamos enganar pelas aparências. Existem pessoas que dizem: "Fulano não faz nada de bom para ninguém e nada dá errado em sua vida”. São figueiras sem frutos, mas com aparência. Eles nada terão a oferecer quando tiverem de prestar contas, simplesmente secarão (longos séculos decorrerá até que novas oportunidades reencarnatórias apareçam).

Há ainda um detalhe a esclarecer: A figueira secou! Por quê? Certamente, Jesus objetivava com esse fato, ilustrar a parábola, e produziu tal fenômeno através da manipulação de fluidos magnéticos, que Ele conhecia muito bem. (...) 
A pergunta natural que podemos fazer é: Estamos oferecendo frutos ou apenas apresentamos folhas? Somos virtuosos de verdade ou apenas pessoas pseudovirtuosas?                          
Livro: "Refletindo sobre as Parábolas de Jesus".                                Autor: Juarez Barbosa Perissé.

 


OS Sermões de Jesus

Em seu messianato, Jesus proferiu inúmeros sermões, públicos e privados, mas o primeiro deles e também o mais importante é aquele que ficou conhecido como o Sermão da Montanha, chamado também de Sermão das Bem-Aventuranças.

Sermão é, conforme os dicionários, discurso religioso, doutrinal ou moral; reprimenda com intenção de moralizar; admoestação e crítica. Em seu messianato, Jesus proferiu quatro sermões, públicos e privados, com destinação certa e procurando atingir seus objetivos. Os públicos eram feitos em lugares que marcaram a passagem do Mestre, que ensinava caminhando. Os privados, feitos em reuniões fechadas com seus discípulos.  O primeiro deles – e o mais importante – é o Sermão da Montanha, também chamado O Sermão das Bem-Aventuranças. O segundo é o Sermão Profético. O terceiro é denominado Sermão do Cenáculo, e o último representa uma reprimenda e severa admoestação aos escribas e fariseus: é o Sermão dos Oito “Ais”.

Sermão da Montanha

Narra o Novo Testamento que, antes de iniciar sua vida pública, Jesus fez 40 dias de silêncio e meditação no deserto. Esse sermão é a primeira mensagem que, logo no princípio, dirigiu ao povo e é chamado Sermão da Montanha por ter sido proferido nas colinas de Kurun Hattin, ao sudoeste do lago de Genesaré. Essas palavras podem ser consideradas a “plataforma do Reino de Deus”, usando uma linguagem política, porque:

1- Trouxe os fundamentos do Cristianismo;
2 - Deu-nos um código moral que, sozinho, nos orientaria;
3 -Afirmou que o Reino de Deus não é deste mundo;
4 - Contradisse a suposição de ser um messias político.

Logo de início, vêm as oito Bem-Aventuranças, nas quais o Mestre proclama felizes, precisamente, aqueles que o mundo considera infelizes: os pobres, puros, mansos, pacificadores, perseguidos etc. Em seguida, chama a nossa atenção para a necessidade da prática dos ensinamentos que transmitia, estimulando, em nós, o que temos de melhor, convidando-nos a sermos perfeitos como o Pai Celestial o é. Percebemos, claramente, com isso, que a distinção entre felicidade e gozo, infelicidade e sofrimento é encontrada em todo o Evangelho, e só compreendida por aqueles que já despertaram para a consciência da sua condição de Espíritos imortais.

O Sermão da Montanha representa, assim, o mais violento contraste entre os padrões do homem material e o ideal do ser espiritual. Por ex: o homem material acha um absurdo amar os que não lhe querem bem, fazer bem aos que o caluniam; sofrer mais uma injustiça do que revidar a sofrida. Sob a perspectiva do homem que vive, essencialmente, as experiências materiais, ele tem razão. Mas Jesus nos convida a irmos além. Pede para entrarmos em uma nova dimensão de consciência, ultrapassando a materialidade e entrar em um campo inédito, grandioso, com uma visão cósmica do outro – prática da indulgência -, porque só assim entenderemos a constante transitoriedade de tudo que seja material, para nos atermos àquilo que é essencial e perene: a vida do Espírito.

Como entender o advento do Reino de Deus, por exemplo, se cada homem, individualmente, não o realizou dentro de si mesmo? Somos esse homem e podemos fazer isso. Que tal reservar, em cada dia, um tempo “para se interiorizar no seu Eu Divino, no seu Cristo Interno”, revendo ideias, atitudes, buscando pensar e fazer melhor do que pensou e fez ontem? Que tal substituir valores materiais por valores divinos, esvaziando-se do humano e abastecendo-se de Deus, como na Parábola do Filho Pródigo, que se afasta do pai e, depois, arrependido, busca reencontrá-lo, vencendo suas imperfeições? (Lucas 15, 11-32.).  Se desejamos viver com e como o Cristo, necessitamos viver uma vida cem por cento conosco e não nos iludir com paliativos e disfarces que encobrem a verdade sobre nós mesmos. E por termos essas dificuldades é que Jesus, tomado de compaixão pelo mundo, desceu das alturas e deixou seu sermão com consoladoras promessas, trazendo fé, resignação nas adversidades, mansidão nas lutas redentoras, misericórdia no meio da tirania e da loucura. Sabendo, por antecipação, que todo aquele que seguisse as Suas palavras seria injuriado e perseguido, recomendou que não nos encolerizássemos contra o mal que nos fizessem, para que pudéssemos exemplificar a nossa existência.

Terminadas as “Bem-Aventuranças”, Jesus nos alerta para vivenciarmos esses ensinamentos, e por isso nos exalta, procurando destacar o que temos de melhor, mostrando que aqueles que seguem Suas palavras, que as exemplificam, são considerados o sal da terra, porque estão preservados da corrupção; que Seus ensinamentos são a luz espiritual do mundo que deve ser espalhada e não escondida. A luz destrói as trevas. O conhecimento destrói a ignorância. Assim é o discípulo de Jesus: todos o observam a ver se desmente com atos o que prega com as palavras.

Continua o Mestre, ainda, alertando-nos  que não veio destruir a lei ou os profetas; ao contrário, veio dar-lhes cumprimento, ensinando aos homens como seguir à risca as orientações. Fala do progresso contínuo daquele que se propõe ao entendimento da prática das Suas palavras, da responsabilidade dos que ensinam. Pede que nos reconciliemos com nossos adversários, enquanto estivermos na matéria – nós e eles -, mudando ações e não pagando o mal com o mal. Convida-nos a termos a mesma atitude da viúva que dá da sua necessidade e não do seu supérfluo, ou seja, não fazermos caridade com ostentação, para que a mão esquerda não saiba o que faz a direita. Leva-nos, por fim, a refletir sobre a oração. Recomenda que oremos, secretamente, dentro do nosso quarto e como um ato sagrado que é, que a oração seja realizada na maior simplicidade possível e na mais perfeita humildade e harmonia. Deixa-nos, então, a oração universal por excelência: o Pai Nosso.

Sermão Profético

Conforme O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo XXI, profeta é, sobretudo, alguém que anuncia as coisas de Deus, podendo ou não ter a condição de predizer o futuro. Jesus era um profeta em toda acepção da palavra.

Proferido no Monte das Oliveiras, podemos perceber, ainda que de forma velada, a amargura do Cristo com a incompreensão dos homens, diante das mensagens de Vida que Ele veio trazer.

Mas, qual era o objetivo do Mestre com esses ensinamentos? Nele, Jesus prognosticou uma série de acontecimentos que marcariam os séculos vindouros, devido à resistência dos homens em entenderem e aceitarem a mensagem cristã do “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Suas palavras deixam claras as catástrofes pelas quais o mundo passaria, até acordar, de vez, para a necessidade de amar incondicionalmente, de fazer o bem sem ostentação.

“Não ficará pedra sobre pedra, que não seja derrubada”. ² Com essa frase,  Ele anuncia não só a ruína de Jerusalém, mas também a das instituições falidas: as de  ontem e as de hoje, podemos assim entender, diante dos quadros de iniquidades que vemos nos dias que correm. Adverte aos discípulos e ao povo quanto às dificuldades futuras; fala sobre o cuidado que devemos ter em relação aos falsos profetas que surgirão, lembrando-nos da necessidade de vigilância e análise de tudo o que vemos e ouvimos; para que prestemos atenção às aparências, redobrado cuidados com as interpretações errôneas dos ensinamentos recebidos. Alerta para o fato de que o não cumprimento da lei da fraternidade trará guerras, fome, pestilências e que muito se matará e se fará sofrer por causa das verdades que trazia. Mas, também, fala do mundo novo que irá surgir, advertindo a todos que não deveremos levar para ele as ideias velhas, os problemas do passado. E lembra, ainda, que é preciso ficar atentos, orando e vigiando para que estejamos preparados a fim de passar pelas duras provas como verdadeiros cristãos, tirando delas o máximo proveito para o burilamento do Espírito. Não haverá, portanto, isenção de provas, mesmo para aqueles que já estão estudando e compreendendo o Evangelho.

Nesse sermão, Jesus fala sobre a Parábola da Figueira Seca. Conta, também, a Parábola das Dez Virgens e a Parábola dos Dez Talentos, ambas de orientação mais direta aos trabalhadores da Seara, através das quais Jesus mostra as consequências das nossas atitudes, com o não cumprimento dos deveres assumidos. As leis de orientação geral, contidas nele, são as Leis de Amor que abrangem os princípios da caridade. Diz que os que não se enquadram nesses preceitos sofrerão, exortando, por conta disso, a necessidade da vigilância e do cumprimento das Suas palavras, porque não sabemos quando seremos chamados ao mundo dos Espíritos. O Espiritismo entende, nessa advertência, a aplicação da Lei de Reencarnação, com existências expiatórias de grandes dificuldades.

Jesus falou, ainda, de eventos que aconteceriam logo após sua morte, e outros que ocorreriam a longo prazo. Diz Ele que “passarão o céu e a terra, mas suas palavras não passarão”. Entendemos que os ensinamentos do Mestre são uma lei moral universal, emanada de Deus, e que por isso as coisas materiais poderão desaparecer, sem que suas palavras deixem de prevalecer para os Espíritos, porque são palavras de Vida Eterna.

Com essas profecias, Jesus separa os servos infiéis dos fiéis, enumerando as boas qualidades de um e as más qualidades do outro. O servo fiel, do ponto de vista do Cristo, é aquele que, em qualquer circunstância, se lembra de cuidar dos patrimônios de Deus, ou seja, do corpo, do Espírito e da responsabilidade que tem com os familiares. Tudo isso sem esquecer, ainda, dos inúmeros sofredores que encontra na existência, pedindo consolo, amparo, ignorantes da luz. Nele, ainda, o Mestre prodigaliza a mudança do planeta de provas e expiações para um planeta de regeneração, com a separação dos que praticam o Evangelho, em sua plenitude, daqueles que ainda se rebelam contra isso. A Doutrina dos Espíritos nos ensina que a cada dia de nossa existência temos chances de renovação, e que a cada reencarnação nova oportunidade de renovação íntima se nos apresenta. Assim, quando nosso mundo ascender à condição de mundo de regeneração, não haverá mais condição para a permanência de Espíritos que persistam na prática do mal.

É interessante notar a posição firme de Jesus em relação à sua missão, mesmo estando consciente dos fatos que viriam a acontecer. Podemos deduzir disso que, independentemente da posição de Judas, os sacerdotes e os outros também permaneciam firmes no propósito de eliminar o Cristo, pelo ódio que sentiam por Ele, e pelo medo das mudanças que Ele trazia para as consciências dos homens.  

Sermão do Cenáculo

O Dicionário Aurélio – Século XXI - diz que cenáculo é uma reunião de pessoas que trabalham para um fim comum. E, numa segunda definição, que é um lugar onde as pessoas fazem suas refeições (refeitório).

O Sermão do Cenáculo ficou assim designado por ter sido proferido no recinto onde Jesus fez a chamada última ceia, antes de sua prisão. Cairbar Schutel destaca que “o Sermão do Cenáculo é tão importante, edificante e substancial quanto o Sermão do Monte. Este é a entrada do Espírito na Vida Perfeita; aquele é a força, a esperança e a fé para prosseguirmos nessa tão gloriosa senda”. O objetivo da reunião do Mestre com Seus discípulos era complementar as recomendações e a preparação dos discípulos para as difíceis provas que enfrentariam, pois sabia que, em breve, não estaria mais entre eles.

Depois de repartir o pão, simbolizando a doutrina que trazia, e o vinho (como essência da vida), representando o Espírito que há de vivenciá-la sempre; de ter lavado os pés dos discípulos em sinal de humildade e pureza de alma, inicia seu discurso com memoráveis palavras de conforto, esperança e resignação: “Não se turbe vosso coração; credes em Deus? Crede, também, em mim: na casa de meu Pai há muitas moradas...”.

Jesus prossegue, despertando neles a certeza da imortalidade do Espírito, conscientizando-os de que Ele é a Verdadeira Videira e que eles, os discípulos, eram seus galhos. Os galhos saem do tronco e dão folhas, flores e frutos. Que assim deveriam ser os discípulos do Mestre, pois o galho que não der frutos será cortado e lançado fora, mostrando a necessidade do trabalho espiritual. Pediu que permanecessem em Seu amor e que se amassem, uns aos outros, como Ele os amou. Insistiu que todos esperassem a vinda do Espírito de Verdade, o outro Consolador, que viria explicar o que Ele não pôde, e lembrar o que eles esqueceriam. Disse palavras de consolação, antes da partida para a casa do Pai. Despediu-se dos amigos e encerrou o sermão com uma prece dedicada não só aos discípulos que o acompanhavam, mas a todos nós que procuramos segui-Lo e exemplificá-Lo.

É interessante destacar que João não fala dos sofrimentos de Jesus no Jardim Getsêmani como o fazem os outros evangelistas. No entanto, foi o discípulo que mais esteve próximo dEle.

Sermão dos Oito “Ais”

Na “Introdução” de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec sustenta que os fariseus “tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Eram servis cumpridores das práticas exteriores do culto e das cerimônias, cheios de um zelo ardente de proselitismo, inimigo dos inovadores e afetavam grande severidade de princípios; mas, sob as aparências de meticuloso devotamento, ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação. Tinham a religião mais como um meio de chegarem a seus fins, do que como objeto de fé sincera. De virtude nada possuíam, além das exterioridades e da ostentação; entretanto, por uma ou outras, exerciam grande influência no povo, a cujos olhos passavam por santas criaturas. Daí o serem muito poderosos em Jerusalém”.

Jesus recomendou a Seus discípulos, certa feita, que se precavessem dessas doutrinas que são como o fermento que leveda a massa toda, tornando-a vistosa e volumosa aos olhos dos homens, mas oca e sem consistência por dentro.

Esse sermão é uma advertência aos escribas – ensinavam e interpretavam a lei para o povo e, como os fariseus, não toleravam inovações -, aos fariseus e ao povo todo, incluindo-se as autoridades, alertando-os para o fato de que esses homens estavam sentados na cadeira de Moisés e, por essa razão, fizessem tudo que eles ordenassem, mas que não agissem em consonância com o que praticassem, pois estavam longe de exemplificar o que ensinavam. Proferiu oito “ais”, dizendo, por exemplo: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estais cheios de rapina e iniquidade”. (Mt  23, 25.)

Recriminou o fato de se preocuparem em demasia com os bens terrenos, explorando quem necessitasse de suas orações para abrandar a justiça divina e de valorizarem oferendas de alto valor, prevalecendo o material sobre o espiritual. Advertiu sobre a excessiva preocupação com as aparências exteriores, descuidando-se da reforma interior, ostentando ares de bondade, sendo amáveis e corteses por fora, e verdadeiros lobos em peles de cordeiro. Disse Jesus, nesse discurso, que se assemelham a sepulcros caiados, formosos por fora, mas, por dentro, cheios de ossos de mortos e imundícies. Chamou a atenção para a sustentação de postulados de uma religião dogmática, impregnada de fanatismo e que se comprazia na observância de vãs tradições. Adverte sobre o dízimo (décima parte de tudo ou parte do que lucravam) que eles davam ao Templo, porque julgavam que isso era o suficiente para estarem de acordo com a lei divina, mostrando a excessiva importância às coisas materiais, em detrimento do Espírito. Davam o dízimo e não exerciam a misericórdia com os sofredores: viam impurezas e heresias demais nos outros; humilhavam e maltratavam os subalternos; desvalorizavam as pessoas que realmente possuíam qualidades nobres. Não compreendendo a extensão da mensagem de Jesus e com sentimentos de ódio em relação a Ele e às Suas ideias, manipularam a verdade de forma a atender aos seus interesses, colocando entraves para impedir que o povo e eles próprios percorressem o caminho da salvação.

Conclusão 

A ideia equivocada de que matando o homem matar-se-ia a mensagem não aconteceu, e a Doutrina de amor que Ele veio trazer aí está como árvore frondosa a cobrir os sedentos de justiça, aflitos, mansos, pacificadores e todos que buscam consolo, esperança e refazimento dos seus corpos e Espíritos para que, fortalecidos nas palavras de vida eterna, prossigam destemidos em direção ao Pai.

Por essa razão, mais do que nunca, o alerta do Cristo é para os dias atuais, porque todos esses homens sempre existirão. Nunca se fez tão necessário, como hoje, conhecer ou lembrar, em regime de urgência, os ensinamentos deixados por Ele e, sobretudo, manter em mente que nos Evangelhos encontramos as soluções para os problemas que nos angustiam. Sendo a linguagem inacessível “para uma parcela dos que os manuseiam, torna-se necessário que vários temas abordados por Jesus sejam elucidados à luz do Espiritismo, doutrina consoladora, que vem, em época propícia, dar cumprimento às suas promessas”. (...) “sobre o advento do Consolador” ¹, restabelecendo os ensinamentos evangélicos em seus verdadeiros fundamentos.

Leda Maria Flaborea - São Paulo, SP (Brasil)

Bibliografia:

1 - GODOY, Paulo Alves. Os Quatro Sermões de Jesus. 5ª ed., SP/SP: FEESP – 2005.

2 – MATEUS, 24:2.

3 – SCHUTEL, Cairbar. Ensinos e Parábolas de Jesus. 14ª ed., MATÃO/SP: Casa Editora O Clarim – 1997, Segunda Parte.

4 - ROHDEN, Humberto. O Sermão da Montanha. SP/SP: Martin Claret

5 – JOÃO, 14, 15, 16 e 17.

6 – KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo.

7 – MATEUS, 5, 6 e 7.

Fonte: O Consolador - Revista Semanal de Divulgação Espírita

  “Bem-Aventurados os Pobres Pelo Espírito!”   (Mateus 5, 3)      “ Poucas palavras do Evangelho sofreram, através dos séculos, tão grande...