Saída do Transe Mediúnico.
“Aprendemos que o
transe mediúnico tem graus variados, indo do superficial ao profundo. Se não há
um médium exatamente igual ao outro com relação as suas faculdades, podemos
admitir, também, que não haverá transe igual entre eles. Para cada caso uma
atenção especial, principalmente quando do seu retorno à consciência plena.
O desligamento da entidade que está se comunicando não deve se dar bruscamente, devendo o médium retornar ao seu estado psíquico normal gradativamente. Após o término da conversa com o Espírito sofredor, o esclarecedor deverá acompanhar atentamente seu desligamento, observando os sintomas do médium, tais como sensação de ansiedade, dificuldade de respirar e de se acomodar na cadeira, demonstrando ainda está preso às energias de baixo teor que deixadas impregnadas no seu perispírito pelo Espírito sofredor, ou equivocado, como o denomina a bondosa Joanna de Ângelis, ao se referir ao obsessor. Observar o movimento dos olhos, mudança facial, entonação da voz e sua posição corporal, ajuda muito a concluir se o médium saiu do transe ou não. O dialogador somente se afastará dele após responder com firmeza de voz: "Estou bem!". Mesmo assim, houve casos em que, depois de me afastar do médium disse que estava bem, retornei, a seu pedido, e percebi, pelo seu incômodo na cadeira e pela sua respiração ofegante e os globos oculares se movimentando, que ainda estava em semitranse... Nesses casos, quando não se tratar de uma passividade sequencial, que esporadicamente acontece, sugerimos a aplicação de passes dispersivos ao longo do corpo, começando pela cabeça, ordenando-lhe que se liberte da influência que o prejudica. É fundamental nesse momento a segurança e fé nos irmãos responsáveis pela administração dos trabalhos no plano invisível.
Há casos em que o médium se comove excessivamente com o sofrimento do Espírito atendido e parece desejar continuar ao seu lado, chorando ou sofrendo junto com ele, esquecendo-se da orientação segura de André Luiz: ajuda e passa.”
Livro: A Complexidade da Prática Mediúnica - 3ª Parte, Cap. 1, it. 1.6.
Autor: Waldehir Bezerra de Almeida - FEB. -
Nenhum comentário:
Postar um comentário