Muitos Chamados (extrato)
(Mateus 22, 1 – 14 – Parábola da Festa
das Bodas)
Mesmo
hoje é assim ...
Atônitas,
as multidões procuram a diretriz do Reino dos Céus; não obstante,
engalfinham-se nas hórridas lutas pela posse da Terra.
Fascinam-se com as narrativas evangélicas e comovem-se ante os padecimentos do Senhor quando leem a Sua vida; todavia não se resolvem seguir em definitivo os roteiros iluminativos, por meio dos quais os valores humanos mudam de expressão.
Examinando,
igualmente, o comportamento de muitos companheiros de lides, verificarás que a
parábola expressiva do Senhor mantém-se em plena atualidade para eles também.
Depois
de experimentarem o contato com as legitimidades do espírito, sentem-se dominados
pelo desejo sincero de espraiarem as certezas que a Boa Nova lhes oferece.
Entretanto, aos primeiros impedimentos e problemas, perfeitamente consentâneos (adequados)
com a posição evolutiva que os caracteriza, reagem, dizendo-se descrentes, atormentam-se
e debandam.
Acreditam
que são credores de especiais concessões, tendo em vista haverem recebido o
convite para o banquete na corte do Grande Rei e o terem aceito com
demonstrações de vivo entusiasmo...
Não
lhes acode, porém, ao discernimento, que para qualquer solenidade se faz
indispensável compostura própria, traje adequado. (...)
Por
isso, as multidões esfaimadas de amor e sabedoria ainda não se resolveram
fartar-se nos celeiros sublimes da Revelação Espírita ora ao alcance de
todos, demorando-se em contínua aflição.
Buscando
os tesouros do espírito, disputam, aguerridamente,
as posses que os “ladrões roubam, as traças roem e a ferrugem gasta...”
Já
que recebeste o chamado para a transformação moral ao alento da luz
espírita que te aclara os dédalos (labirintos) do mundo interior, não
titubeies. Estuga (acelera) o passo na senda habitual e reflete, deixando-te
permear (transpassar) pelas lições de esperança e renovação com que te armarás
para os combates ásperos contra os severos adversários que a quase todos
vencem: o egoísmo, o orgulho, a ira, o ciúme e seus sequazes, ensinando pelo exemplo fraternidade e amor. (...)
Recorda-te
de Jesus que não veio para compactuar com as comezinhas paixões nem tão pouco para
agradar os campeões da insensatez — maneira segura de conseguir
simpatizantes e adeptos — antes para inaugurar o principado da felicidade ao
qual são “muitos chamados, porém poucos escolhidos” (Mateus 22, 14).
Livro:
Leis Morais
da Vida – Cap. 4.
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