segunda-feira, 14 de novembro de 2022


 

Flagelos Obsessivos

 

    É flagelo que irrompe, avassaladoramente no atual organismo da sociedade. Através de síndromes sutis, de características extravagantes, de fenômenos de constrição da personalidade, de injunções deficitárias do ânimo, originam um quadro que pode ser classificado como alguma das enfermidades conhecidas. Não obstante, a cada momento, pessoas invigilantes tombam na urdidura desse terrível mal, que assola com volúpia destruidora as vidas.  (...)

    Com procedência nos débitos de outras encarnações e também geradas, muitas vezes, no atual périplo evolutivo do homem, as razões da vindita estão ínsitas no espírito perseguidor, que identifica, por afinidade, aquele que lhe afligiu oportunamente e a quem não consegue perdoar.

    Começada a sandice, esta alarga-se no tempo, tomando espaços da vítima até à consumpção geral, na área mental ou em outros departamentos orgânicos através de processos enfermiços que se alargam, impiedosos, por anos a fio.

    A terapia, no entanto, está a depender dos pacientes que começam a desintegração da personalidade.

    Por se tratar de uma força inteligente atuando, é necessário que se formule um plano também inteligente de defesa.

    Nele, a irrestrita confiança em Deus deve constituir o ponto principal da terapia libertadora. A seguir, a conduta moral esclarecida e saudável, para melhorar o padrão vibratório do paciente que se desloca das injunções do seu perseguidor; a paciência, que irrita aquele que se compraz no constrangimento e na desdita do ser perseguido; a oração e a leitura edificante que ampliam para melhor os painéis da mente, arrancando a ideia obsidente e extravagante, à qual a pessoa parece ter prazer de entregar-se, em razão de as suas resistências se apresentarem fragmentadas.

    Ainda como recomendação terapêutica, nunca se devem esquecer o trabalho do bem, os exercícios que produzam transpiração, ao invés do amolentamento do caráter, que favorece o aprofundamento das raízes obsessoras, a minarem a árvore do equilíbrio psicofísico.

    Normalmente, os pacientes das obsessões informam estar reagindo com todas as suas forças. A verdade, porém, é oposta. Mantêm apenas frágeis arraiais de resistência que logo tombam, cedendo lugar ao insidioso e pertinaz cerco para a destruição das reservas morais do enfermo.

    Cada vez se toma mais urgente a fluidoterapia, mediante a qual se restabelecem os centros de forças ultrajados e se recondicionam as vibrações do perispírito vitimado, que passa a gerar novas fontes de equilíbrio para restaurar no corpo, na mente e na emoção, o estado de saúde.

    Inadiável que todos aqueles que se encontram susceptíveis de fenômenos obsessivos — e são quase que todos os homens — precavenham-se, na ação da caridade, na usança da higiene mental, mantendo e realizando os propósitos superiores de vencer-se e vencer o desiderato da reencarnação.

Somente quando o homem se resolva por adotar um estado consciente de saúde mental e de realização espiritual íntima, a obsessão, flagelo cruel da sociedade, cederá lugar à fraternidade que deve viger entre encarnados e desencarnados, estes últimos, conscientizados da bênção de reencarnação, e os primeiros, reconhecendo os erros nos quais incidiram, deem-se as mãos para a ajuda recíproca, trabalhando na Terra o Reino da Esperança, onde todos poderão viver como verdadeiros irmãos que o somos, sob a Divina Providência da Paternidade de Deus.”

 

Livro: “Reflexões Espíritas” – Cap. 23.

Psicografia: Divaldo Pereira Franco.

Espírito: Vianna de Carvalho.

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