terça-feira, 12 de agosto de 2025

 Ectoplasma.

“O ectoplasma, descoberto e denominado por Richet, Prêmio Nobel de Fisiologia, não acumula matéria em grande quantidade para formar um corpo físico real, mas apenas reveste o perispírito ou corpo espiritual do espírito, dando-lhe a aparência de um corpo real. O físico opinara, por engano, embora de boa fé, sobre um fenômeno que não pertence ao campo de sua especialidade e que já fora confirmado por um grande especialista. Toda a produção de fenômenos físicos no campo da mediunidade é feita por elaboração e aplicação de energias vitais e orgânicas do médium, com a colaboração involuntária dos próprios participantes da reunião em que se verifica a experiência.” (“Mediunidade” de J. Herculano Pires) Richet efetivou experiências em 1912 a 1914

 

O nome deriva de “ektos” = por fora e “plassein” = forma, logo forma exterior.

 

Ernesto Bozzano escreve sobre ideoplastia de forma histórica e comentada muito interessante no seu livro “Pensamento e Vontade “.

 

O ectoplasma é muito associado aos fenômenos de materialização, mas sua utilização em serviços de recomposição dos corpos perispirituais por espíritos elevados e especializados é muito mais comum do que se pensa.

 

Baseados em André Luiz, em "Missionários da Luz", trata um capítulo inteiro, capítulo 1O, 22ª edição, sobre a materialização e deste manancial de informações anotamos, com palavras nossas, as seguintes diretrizes.

 

1-   o ectoplasma ou força nervosa, como ele o chama, é extraído do médium e não pode ser contaminado com elementos microbianos ( pág. 112)

2-   é indispensável a assepsia do ambiente pelos espíritos superiores, com todo cuidado para eliminar estes elementos indesejáveis. ( pág.111/112 )

3-   é necessário um regime alimentar leve, de rápida digestão, facilita a atividade preparatória do(s) médium(ns) para o trabalho, pelos mentores Espirituais, e a não observância deste preceito pode até mesmo ocasionar sua interdição o que enfraquece o grupo e a atividade. ( pág. 113 )

4-   é absolutamente vedada a ingestão de álcool, pois este é extremamente danoso ao ectoplasma. (pág. 115)

5-   as mentalizações devem seguir disciplinadamente a orientação do dirigente, que é inspirado pelo mentor, de modo a manter o alinhamento das energias colimando para o objetivo preciso. ( pág. 117-12O)

 

Quanto a aparência, registramos ainda na mesma fonte: “(...)sob a ação do nobre orientador da tarefa, se exteriorizava a força nervosa, à maneira dum fluxo abundante de neblina espessa e leitosa. ( ... ) eflúvios leitosos, que se exteriorizavam particularmente através da boca, narinas e no fenômeno de materialização, e que para sua utilização, o ectoplasma (fluido nervoso do médium) é misturado a diversos materiais fluídicos de outros encarnados presentes e de fluidos colhidos na natureza (das águas e das plantas).

 

A manipulação para moldagem do ectoplasma se dá pela força mental do espírito, permitindo a recomposição de órgãos, materialização de objetos e de entidades passíveis de serem fotografadas, proporcionando mesmo a voz direta como descrito no livro acima mencionado na pág.119, 12O quando os participantes da reunião não conseguiam harmonia mental:

 

José Herculano Pires informa no Livro Mediunidade pág 2OO/2O1, detalha:

 

“Só haverá ectoplasmia de um ser humano quando o campo inteligente do agente Psi - Theta, ou campo espiritual, comandar o processo. O inconsciente ou psiquismo de profundidade do médium ou sensível dirige o seu próprio metabolismo e quimismo, mas, nunca a moldagem externa do objeto. A substância ectoplásmica, ao definir a morfologia humana, terá que sofrer a influência orientadora dos vórtices inteligentes do agente modelador que, de acordo com a necessidade e possibilidade, traduzirá o processo de modo parcial ou total, a fim de atingir a sua finalidade.”

 

Resumindo, os mentores precisam agir para dar forma ao ectoplasma, como é o caso descrito abaixo.

 

Continuando com André Luiz

 

“Logo após, Alexandre tomou pequena quantidade daqueles eflúvios leitosos, que se exteriorizavam particularmente através da boca, narinas e ouvidos do aparelho mediúnico, e, como se guardasse nas mãos reduzida quantidade de gesso fluido, começou a manipulá-lo, dando-me a impressão de estar completamente alheio ao ambiente, pensando, com absoluto domínio de si mesmo, sobre a criação do momento.

 

Aos poucos, vi formar-se, sob meus olhos atônitos, um delicado aparelho de fonação. No Intimo do esqueleto cartilaginoso, esculturado com perfeição na matéria ectoplásmica, organizavam-se os fios tenuissimos das cordas vocais, elásticas e completas na fenda glótica e, em seguida, Alexandre experimentava emitir alguns sons, movimentando as cartilagens aritenóides.

 

Formara-se, ao influxo mental e sob a ação técnica de meu orientador, uma garganta irrepreensível.

 

Com assombro, verifiquei que através do pequeno aparelha improvisado e com a cooperação dos sons de vozes humanas, guardados na sala, nossa voz era integralmente percebida por todos os encarnados presentes. Parecendo-me satisfeito com o êxito de seu trabalho, Alexandre falou pela garganta artificial, como quem utilizava um instrumento vocal humano:

— Meus amigos, a paz de Jesus seja convosco! Ajudem-nos, cantando! Façam música e evitem a concentração!...

 

Fez-se música no ambiente e vi que o Irmão Alencar, depois de ligar-se profundamente à organização mediúnica, tomava forma, ali mesmo, ao lado da médium, sustentada por Calimério e assistida por numerosos trabalhadores.

 

Aos poucos, valendo-se da força nervosa exteriorizada e de vários materiais fluídicos, extraídos no interior da casa, aliados a recursos da Natureza, Alencar surgiu aos olhos dos encarnados, perfeitamente materializado.

 

Surpreendido, reconheci que a médium era o centro de todos os trabalhos. Cordões tenuíssimos ligavam-na à forma do controlador e, quando tocávamos levemente na organização mediúnica, o amigo corporificado demonstrava evidentes sinais de preocupação, o mesmo acontecendo à jovem médium em relação a Alencar. Os gestos incontidos de entusiasmo dos assistentes, que tentavam cumprimentar diretamente o mensageiro materializado, repercutiam desagradavelmente no organismo da intermediária.

 

O Irmão Alencar entreteve pequena palestra, diante dos companheiros terrestres extasiados. Não eram, todavia, as palavras trocadas entre ele e os assistentes que me impressionavam o coração, e, sim, a beleza do fato, a realidade da materialização, dando ensejo a dilatadas esperanças no futuro humano, quanto à fé religiosa, à filosofia confortadora da imortalidade e à ciência enobrecida, a serviço da razão iluminada.”

 

Percebe-se aqui que o ectoplasma exteriorizado com objetivo de materialização, permanece em ligação nervosa com o médium doador, e precisa retornar ao mesmo após a atividade para reconstituição física de mesmo.

 

Experiências no passado mostraram a perda de massa do médium durante a exteriorização do ectoplasma, e sua recuperação ao interiorizar novamente a substância.

 

Em operações de recuperação perispirítica o ectoplasma é cedido por todos os médiuns segundo suas possibilidades, e é complementado pela espiritualidade, adicionando as energias provenientes do reino animal e vegetal, e da água, de forma a não ficar deficiência em ninguém.

 

As diretrizes de segurança extrapolam as reuniões específicas de materialização, pois não sabemos os planos da espiritualidade para as atividades a serem executadas na reunião, e não é raro o uso do ectoplasma para a recomposição do perispírito de irmãos sofredores até mesmo na atividade do passe.”

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  “Bem-Aventurados os Pobres Pelo Espírito!”   (Mateus 5, 3)      “ Poucas palavras do Evangelho sofreram, através dos séculos, tão grande...