Ectoplasma.
“O ectoplasma,
descoberto e denominado por Richet, Prêmio Nobel de Fisiologia, não acumula
matéria em grande quantidade para formar um corpo físico real, mas apenas
reveste o perispírito ou corpo espiritual do espírito, dando-lhe a aparência de
um corpo real. O físico opinara, por engano, embora de boa fé, sobre um
fenômeno que não pertence ao campo de sua especialidade e que já fora
confirmado por um grande especialista. Toda a produção de fenômenos físicos no
campo da mediunidade é feita por elaboração e aplicação de energias vitais e
orgânicas do médium, com a colaboração involuntária dos próprios participantes
da reunião em que se verifica a experiência.” (“Mediunidade” de J. Herculano
Pires) Richet efetivou experiências em 1912 a 1914
O nome deriva de
“ektos” = por fora e “plassein” = forma, logo forma exterior.
Ernesto Bozzano
escreve sobre ideoplastia de forma histórica e comentada muito interessante no
seu livro “Pensamento e Vontade “.
O ectoplasma é
muito associado aos fenômenos de materialização, mas sua utilização em serviços
de recomposição dos corpos perispirituais por espíritos elevados e
especializados é muito mais comum do que se pensa.
Baseados em André
Luiz, em "Missionários da Luz", trata um capítulo inteiro, capítulo
1O, 22ª edição, sobre a materialização e deste manancial de informações
anotamos, com palavras nossas, as seguintes diretrizes.
1- o
ectoplasma ou força nervosa, como ele o chama, é extraído do médium e não pode
ser contaminado com elementos microbianos ( pág. 112)
2- é
indispensável a assepsia do ambiente pelos espíritos superiores, com todo
cuidado para eliminar estes elementos indesejáveis. ( pág.111/112 )
3- é
necessário um regime alimentar leve, de rápida digestão, facilita a atividade
preparatória do(s) médium(ns) para o trabalho, pelos mentores Espirituais, e a
não observância deste preceito pode até mesmo ocasionar sua interdição o que
enfraquece o grupo e a atividade. ( pág. 113 )
4- é
absolutamente vedada a ingestão de álcool, pois este é extremamente danoso ao
ectoplasma. (pág. 115)
5- as
mentalizações devem seguir disciplinadamente a orientação do dirigente, que é
inspirado pelo mentor, de modo a manter o alinhamento das energias colimando
para o objetivo preciso. ( pág. 117-12O)
Quanto a aparência,
registramos ainda na mesma fonte: “(...)sob a ação do nobre orientador da
tarefa, se exteriorizava a força nervosa, à maneira dum fluxo abundante de
neblina espessa e leitosa. ( ... ) eflúvios leitosos, que se exteriorizavam
particularmente através da boca, narinas e no fenômeno de materialização, e que
para sua utilização, o ectoplasma (fluido nervoso do médium) é misturado a
diversos materiais fluídicos de outros encarnados presentes e de fluidos
colhidos na natureza (das águas e das plantas).
A manipulação para
moldagem do ectoplasma se dá pela força mental do espírito, permitindo a
recomposição de órgãos, materialização de objetos e de entidades passíveis de
serem fotografadas, proporcionando mesmo a voz direta como descrito no livro
acima mencionado na pág.119, 12O quando os participantes da reunião não
conseguiam harmonia mental:
José Herculano Pires
informa no Livro Mediunidade pág 2OO/2O1, detalha:
“Só haverá
ectoplasmia de um ser humano quando o campo inteligente do agente Psi - Theta,
ou campo espiritual, comandar o processo. O inconsciente ou psiquismo de
profundidade do médium ou sensível dirige o seu próprio metabolismo e quimismo,
mas, nunca a moldagem externa do objeto. A substância ectoplásmica, ao definir
a morfologia humana, terá que sofrer a influência orientadora dos vórtices
inteligentes do agente modelador que, de acordo com a necessidade e
possibilidade, traduzirá o processo de modo parcial ou total, a fim de atingir
a sua finalidade.”
Resumindo, os
mentores precisam agir para dar forma ao ectoplasma, como é o caso descrito
abaixo.
Continuando com
André Luiz
“Logo após,
Alexandre tomou pequena quantidade daqueles eflúvios leitosos, que se
exteriorizavam particularmente através da boca, narinas e ouvidos do aparelho
mediúnico, e, como se guardasse nas mãos reduzida quantidade de gesso fluido,
começou a manipulá-lo, dando-me a impressão de estar completamente alheio ao
ambiente, pensando, com absoluto domínio de si mesmo, sobre a criação do
momento.
Aos poucos, vi
formar-se, sob meus olhos atônitos, um delicado aparelho de fonação. No Intimo
do esqueleto cartilaginoso, esculturado com perfeição na matéria ectoplásmica,
organizavam-se os fios tenuissimos das cordas vocais, elásticas e completas na
fenda glótica e, em seguida, Alexandre experimentava emitir alguns sons,
movimentando as cartilagens aritenóides.
Formara-se, ao
influxo mental e sob a ação técnica de meu orientador, uma garganta
irrepreensível.
Com assombro,
verifiquei que através do pequeno aparelha improvisado e com a cooperação dos
sons de vozes humanas, guardados na sala, nossa voz era integralmente percebida
por todos os encarnados presentes. Parecendo-me satisfeito com o êxito de seu
trabalho, Alexandre falou pela garganta artificial, como quem utilizava um
instrumento vocal humano:
— Meus
amigos, a paz de Jesus seja convosco! Ajudem-nos, cantando! Façam música e
evitem a concentração!...
Fez-se música no
ambiente e vi que o Irmão Alencar, depois de ligar-se profundamente à
organização mediúnica, tomava forma, ali mesmo, ao lado da médium, sustentada
por Calimério e assistida por numerosos trabalhadores.
Aos poucos,
valendo-se da força nervosa exteriorizada e de vários materiais fluídicos,
extraídos no interior da casa, aliados a recursos da Natureza, Alencar surgiu
aos olhos dos encarnados, perfeitamente materializado.
Surpreendido,
reconheci que a médium era o centro de todos os trabalhos. Cordões tenuíssimos
ligavam-na à forma do controlador e, quando tocávamos levemente na organização
mediúnica, o amigo corporificado demonstrava evidentes sinais de preocupação, o
mesmo acontecendo à jovem médium em relação a Alencar. Os gestos incontidos de
entusiasmo dos assistentes, que tentavam cumprimentar diretamente o mensageiro
materializado, repercutiam desagradavelmente no organismo da intermediária.
O Irmão Alencar
entreteve pequena palestra, diante dos companheiros terrestres extasiados. Não
eram, todavia, as palavras trocadas entre ele e os assistentes que me
impressionavam o coração, e, sim, a beleza do fato, a realidade da
materialização, dando ensejo a dilatadas esperanças no futuro humano, quanto à
fé religiosa, à filosofia confortadora da imortalidade e à ciência enobrecida,
a serviço da razão iluminada.”
Percebe-se aqui que
o ectoplasma exteriorizado com objetivo de materialização, permanece em ligação
nervosa com o médium doador, e precisa retornar ao mesmo após a atividade para
reconstituição física de mesmo.
Experiências no
passado mostraram a perda de massa do médium durante a exteriorização do
ectoplasma, e sua recuperação ao interiorizar novamente a substância.
Em operações de
recuperação perispirítica o ectoplasma é cedido por todos os médiuns segundo
suas possibilidades, e é complementado pela espiritualidade, adicionando as
energias provenientes do reino animal e vegetal, e da água, de forma a não
ficar deficiência em ninguém.
As diretrizes de
segurança extrapolam as reuniões específicas de materialização, pois não
sabemos os planos da espiritualidade para as atividades a serem executadas na
reunião, e não é raro o uso do ectoplasma para a recomposição do perispírito de
irmãos sofredores até mesmo na atividade do passe.”
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