CAMPOS DESESTRUTURADOS NO ESPÍRITO (extrato)
Os
nossos lastros espirituais estão constituídos de experienciações
das muitas personalidades vivenciadas. Crescemos às custas das
vivências; elaboramos e ampliamos nossos campos mentais com o constante
trabalho que se reflete em conhecimento. Todo ato que desencadeia um fato com
seus respectivos componentes afetivos, desenvolvidos nas estruturas da zona
consciente ou psiquismo de superfície, será absorvido em condições especiais de
participação das dimensões específicas do Espírito ou psiquismo de
profundidade. Quando as vivências são harmônicas, haverá sempre ampliação de
conhecimentos e consequente alargamento de nossas aptidões.
Todo
fato vivenciado, seja de teor positivo ou negativo, fará sempre parte dos
campos estruturais do Espírito. Como o impulso evolutivo é sempre caminho para
a felicidade e perfeição, todo fato ou atitude que
se mostre em posições desarmônicas terá de sofrer o respectivo processo de
equilíbrio através de reações-respostas para a devida reposição
positiva. É a resposta, geralmente dolorosa, o remédio da reposição positiva; é
como se fora o bem desmantelando o mal; é a luz eliminando a sombra.
Qualquer
que seja o teor de negatividade desenvolvido por determinado ser, com os
limites de seu próprio livre-arbítrio, haverá sempre a resposta em vivências
difíceis e geralmente caldeadas na dor. Esta, na fase evolutiva em que nos
encontramos, ainda é a vacinação eficiente para neutralização de nossas sombras
espirituais, refletidas nas diversas doenças de nosso panorama planetário. A
existência de dor traduziria reação que, após esgotamento, permitiria a
retomada do processo positivo onde novos impulsos criativos seriam observados.
As
reações negativas, aquelas que mais causticam o ser que se desequilibrou,
encontram-se sediadas no psiquismo, cujos reflexos
nas estruturas da zona consciente (tecido nervoso) são severos e muitas vezes
duradouros. São as reações da patologia mental ainda tão pouco decifrada
pela nossa ciência, em virtude das pesquisas se dirigirem, preferentemente, à
zona material. Buscam os pesquisadores no neurônio - a grande usina da psique —
as distonias, cujas origens se assentam nos arcanos do psiquismo. Os neurônios
ou células nervosas são a tela por onde as deficiências se escoam, causando
desequilíbrios metabólicos de variada ordem.
Uma
das mais severas desordens de natureza mental encontra-se no tão debatido
terreno das psicoses, onde a esquizofrenia responde em alta percentagem.
O
conceito antigo de esquizofrenia definida como mente dividida, deve ser
substituído por mente desintegrada, "estilhaçada", onde as
funções do perceber, sentir e pensar estão profundamente comprometidas. A
denominação “dividida" dá-nos ideia de um processo que se torna definitivo,
o que não é verdade. Os sintomas esquizofrênicos podem regredir e oferecer ao
paciente vida regular, embora pequenas sequelas se instalem com frequência.
A
esquizofrenia não deve ser considerada como uma doença isolada, mas, sim, um
conjunto ou grupo complexo de doenças, atingindo funções vitais do psiquismo. A
totalidade psíquica será sempre o resultado do apoio e impulso do espírito
(zona inconsciente) na matéria (zona consciente). Dessa forma, podemos
considerar a esquizofrenia como resultado de autêntica doença da alma,
adquirida, principalmente, nas distorções das vivências pretéritas. (...)
(...)
o processo reencarnatório, onde as leis da vida, sem privilégios de
qualquer natureza, impõem o processo corretivo de equilíbrio psíquico. A imortalidade e o processo constante e renovador da
reencarnação representam as únicas condições plausíveis de explicação
para as desordens, de toda ordem, da natureza humana. É no rosário
reencarnatório que o espírito, através de incontáveis corpos físicos
(personalidades), irá burilando, nas imensas experiências, as suas aptidões, ao
lado do acréscimo constante de seus lastros (evolução). Estes estarão sempre
buscando a harmonia e a perfeição. As doenças e
desequilíbrios imensos vividos pela humanidade são, em última análise,
os mecanismos liberatórios de quem necessita aperfeiçoar-se e tornar-se
experiente. (...)
Muito
ainda teremos que percorrer, buscando os horizontes imensos da equação
espírito-matéria. As razões espirituais encontram-se na ordem do dia,
entretanto aguardando uma melhor manipulação científica. Os métodos científicos
ainda estão oscilantes e sem alicerces precisos; os dias futuros, com adequados
estudos e conhecimento do campo espiritual, oferecerão melhores condições de
equacionamento dos problemas da mente em desalinho.”
Livro:
“Em Busca do Campo Espiritual pela Ciência”.
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